terça-feira, 23 de agosto de 2011

A Crise financeira

Em meados de 2008, uma crise financeira foi a grande responsável pela insônia de muito neguinho ao redor do planeta. Para entender como esse “monstro” nasceu, cresceu e quase devorou a economia do mundo, precisamos retroceder um pouco mais no tempo, até 2001 quando o mercado imobiliário norte americano passava por um período de forte expansão e, diante disso, o Banco Central Americano começou a baixar as taxas de juros para estimular seus clientes a comprar imóveis. A estratégia deu certoe tudo virou um tremendo oba-oba.  Em 2005, comprar imóveis nos EUA era um ótimo negócio e até mesmo os clientes do tipo “subprime”, cuja principal característica era a inadimplência, ganharam facilidades na hora da compra. O ovo do mostro estava chocando.
Tudo lindo e maravilhoso na terra dos sonhos até 2006, quando os preços dos imóveis começaram a despencar e os juros do Banco Central começaram a subir. Com a alta dos juros, começaram os calotes. Os bancos começaram a ter prejuízos, alguns na ordem de bilhões. O banco de investimentos Lehmam Brothers, o quarto maior dos EUA, pediu concordata.
A conseqüência disso foi um efeito em cascata, já que inúmeros bancos espalhados pelo mundo, incluindo o Brasil, têm investimentos nos bancos americanos.  A crise se torna mundial.  O monstro crescido, furioso e faminto. Uma série de medidas foi tomada pelo governo dos Estados Unidos para domá-lo. E hoje, o bicho parece estar adormecido. Mas ainda não foi definitivamente derrotado, pois ele ainda possui suprimentos que o sistema capitalista lhe fornece. E um dia ele ainda pode despertar, então, quem poderá nos defender?

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

As Navegações portuguesas, ora pois!


 

Portugal foi, conforme já foi dito, pioneira nas grandes navegações. Esse pioneirismo se deu por algumas razões, segundo o historiador Boris Fausto:
1)    Um fator de ordem interna, com Portugal se tornando uma monarquia, tendo acumulado por isso recursos suficientes para o empreendimento das grandes navegações
2)    Os portugueses haviam aprendido com os genoveses a arte da navegação e aprimorado muitos instrumentos  como o astrolábio[1], a bússola e a Balestilha
3)    A própria localização de Portugal facilitava que os navegantes de lançassem pelo Atlântico
Ainda segundo Boris Fausto, era o desejo de riqueza, o ouro, a prata, as pedras preciosas que movia os portugueses, bem como as especiarias: pimenta, (gabriela) cravo, canela, entre outros. Contudo, outro motivo importante foi o desejo de (xeretar) conhecer novas terras, a atração pelo desconhecido e pela aventura que serviu como combustível para os ânimos dos navegantes portugueses. De fato, havia muitas lendas sobre monstros marinhos, sereias e outras criaturas terríveis que povoavam a imaginação lusitana, o que ascendia ainda mais a curiosidade. (claro! se lá existem monstros marinhos comedores de homens, porque não ir lá pra conferir?)
As navegações portuguesas eram muito superiores às demais da Europa, graças, sobretudo, à caravela que fornecia um deslocamento ágil e veloz, para as expedições lusitanas.
Com Constantinopla obstruída pelos otomanos, os portugueses buscavam, então, uma nova rota para alcançar a Índia e lá obter suas especiarias diretamente. E foi a bordo de uma caravela que Vasco da Gama, contornando a África, chegou até as Índias. Graças a isso, os portugueses puderam comercializar seus produtos e fazer de Portugal uma potência econômica da época.


[1] O astrolábio é um instrumento naval antigo, usado para medir a altura dos astros, já era utilizado pelos persas, antes dos portugueses. Já a balestilha tinha a função de medira a altura em graus que une o horizonte ao astro.