quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Jesus Histórico (projeto do TCC)


O esforço para uma reconstrução acadêmica da vida de Jesus existe há 150 anos. É uma história de fantásticas descobertas, reviravoltas e debates infinitos.

Por muito tempo, chegou-se mesmo a duvidar da existência histórica de Jesus, classificando-o na categoria dos mitos. Hoje, as forças das evidências não deixam margens para essa dúvida. Para os que duvidavam dos registros evangélicos, do ponto de vista de sua validade histórica, abriu-se uma corrente de novas possibilidades que representou uma verdadeira ressurreição de Jesus nas discussões acadêmicas. Ressurreição essa, promovido não somente por uma nova metodologia de análise dos escritos evangélicos, como também por evidências oriundas de fontes não cristãs.

Diante de tal força, até os mais ferrenhos céticos nesta área de estudos, em uma prova de honestidade intelectual não mais questionam a existência histórica de Cristo, que se constituiu um inegável fato. Porém, o foco das discutições se deslocou para outra temática, onde os debates, polêmicas e teorias parecem não ter fim.

Atualmente existem dois grupos básicos de historiadores dedicados ao estudo de Jesus. Há os que defendem um Jesus, homem, que nada tem a ver com aquele Jesus que os evangelhos nos apresenta, sendo este último o resultado de lendas que se uniram à realidade histórica. Para esse grupo, o filho de Maria foi apenas um revolucionário, um seguidor de João Batista que irritou as autoridades da época, o suficiente para ser condenado à morte. Ponto final.

Defendem que os evangelhos não são confiáveis historicamente e, que ao longo de séculos, seu conteúdo sofreu muitas modificações. E, assim, nasceu o Jesus que hoje conhecemos.
Do outro lado, estão os estudiosos que mergulharam fundo na história da palestina no século primeiro, sua sociedade, sua cultura, sua religião e, munidos das mais recentes descobertas arqueológicas, principalmente na área da filologia (estudo da língua e dos manuscritos antigos), chegam a uma conclusão completamente diferente: o Jesus apresentado nos evangelhos é exatamente o mesmo que se convencionou chamar de “Jesus Histórico”.

Contestam a afirmação de que esses escritos foram distorcidos para transformar Jesus no que na verdade não era e para isso apresentam uma infinidade de documentos que, segundo eles, provam que não houve modificações significativas na história original.
Nesta monografia, defenderemos a visão do segundo grupo de historiadores e, acreditamos ser capazes de defender nossas conclusões, produtos da análise das evidências que iremos expor em nosso Trabalho de Conclusão de Curso.