terça-feira, 15 de maio de 2012

O Legado da Era Vargas



Após o atentado da Rua Toneleros, em 1954, eram intensas as pressões pela renúncia de Getúlio Vargas, que desde 1951 havia voltado ao poder por voto direto. No dia 23 de agosto de 1954, foi aconselhada em reunião com os ministros, a retirada de Vargas da presidência. Na madrugada do dia 23 para o dia 24, em seus aposentos, com um tiro no coração, o “pai dos pobres” pôs fim à própria vida.
Jucelino Kubitschek, já sobre o estigma de “O sucessor de Vargas”, por voto direto, assume a presidência da república em 31 de janeiro de 1956, após breve período de presidentes interinos.
Para cumprir suas metas, Jucelino Kubitschek valeu-se de uma estrutura que já havia sido criada pelo governo de Getúlio Vargas, como planos de desenvolvimento que envolvia o BNDE (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico) e a Petrobrás. Visando o desenvolvimento da indústria, Vargas cercou-se de técnicos que, dentre as muitas tarefas, estudavam formas de desenvolver o setor automobilístico no Brasil, o que no governo Jucelino Kubitschek, foi um dos carros chefes.
Como fora feito na época de Vargas, Jucelino Kubitschek criou grupos de estudo, com o intuito de desenvolver um sistema de planejamento para permitir soluções rápidas para as questões do país, justificando o slogan do governo: “50 anos em 5”.
Era forte durante os anos 50, a ideia do progresso, da industrialização e do crescimento econômico, ideia legada da Era Vargas, pois Getúlio sabia com maestria, propagandear a ideologia progressista. Talento que fez escola na figura de Jucelino Kubitschek, aproveitando-se de uma estrutura anteriormente formada, com um corpo institucional consolidado, um sistema burocrático e estatal já configurado, que facilitou a governabilidade.
Toda a estrutura estatal que permitiu a Jucelino Kubitschek acionar dispositivos de taxação, financiamento e cobrança, já estava pronta desde a Era Vargas, o que possibilitou ao presidente, desenvolver o plano de governo que o tornou célebre.
           Companhia Siderúrgica Nacional, Petrobrás, Banco Nacional de Desenvolvimento, Eletrobrás e a CLT, são elementos do Brasil contempâneo legado da Era Vargas. Quase 60 anos após ter cometido suicídio. A presença Getúlio Vargas, ainda pode ser sentida, em um Brasil que ele ajudou a configurar.

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