O esforço para uma
reconstrução acadêmica da vida de Jesus existe há 150 anos. É uma história de
fantásticas descobertas, reviravoltas e debates infinitos.
Por muito tempo, chegou-se
mesmo a duvidar da existência histórica de Jesus, classificando-o na categoria
dos mitos. Hoje, as forças das evidências não deixam margens para essa dúvida. Para
os que duvidavam dos registros evangélicos, do ponto de vista de sua validade
histórica, abriu-se uma corrente de novas possibilidades que representou uma
verdadeira ressurreição de Jesus nas discussões acadêmicas. Ressurreição essa,
promovido não somente por uma nova metodologia de análise dos escritos
evangélicos, como também por evidências oriundas de fontes não cristãs.
Diante de tal força, até os
mais ferrenhos céticos nesta área de estudos, em uma prova de honestidade
intelectual não mais questionam a existência histórica de Cristo, que se
constituiu um inegável fato. Porém, o foco das discutições se deslocou para
outra temática, onde os debates, polêmicas e teorias parecem não ter fim.
Atualmente existem dois grupos
básicos de historiadores dedicados ao estudo de Jesus. Há os que defendem um
Jesus, homem, que nada tem a ver com aquele Jesus que os evangelhos nos
apresenta, sendo este último o resultado de lendas que se uniram à realidade
histórica. Para esse grupo, o filho de Maria foi apenas um revolucionário, um
seguidor de João Batista que irritou as autoridades da época, o suficiente para
ser condenado à morte. Ponto final.
Defendem que os evangelhos
não são confiáveis historicamente e, que ao longo de séculos, seu conteúdo
sofreu muitas modificações. E, assim, nasceu o Jesus que hoje conhecemos.
Do outro lado, estão os
estudiosos que mergulharam fundo na história da palestina no século primeiro, sua
sociedade, sua cultura, sua religião e, munidos das mais recentes descobertas arqueológicas,
principalmente na área da filologia (estudo da língua e dos manuscritos
antigos), chegam a uma conclusão completamente diferente: o Jesus apresentado
nos evangelhos é exatamente o mesmo que se convencionou chamar de “Jesus
Histórico”.
Contestam a afirmação de que
esses escritos foram distorcidos para transformar Jesus no que na verdade não
era e para isso apresentam uma infinidade de documentos que, segundo eles,
provam que não houve modificações significativas na história original.
Nesta monografia,
defenderemos a visão do segundo grupo de historiadores e, acreditamos ser capazes
de defender nossas conclusões, produtos da análise das evidências que iremos
expor em nosso Trabalho de Conclusão de Curso.
Na verdade, as evidências sobre a historicidade de Jesus são bem mais do que simples desculpas, como atestam os maiores estudiosos sobre o assunto, tanto no Brasil como fora. http://fragmentodahistoria.blogspot.com.br/2012/12/trabalho-de-conclusao-de-curso_7.html
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