quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A educação em Atenas

Por que escrever sobre a educação ateniense? Pelo mesmo motivo que eu escrevi sobre o treinamento militar espartano: é o que melhor caracteriza o povo. Enquanto os espartanos brigavam, os atenienses estudavam. Tucídides, historiador do século V A.C, já dizia que Atenas era a “Escola de toda Grécia”. Com o surgimento do Estado ateniense, surge também o cidadão da polis: o cara que participa dos destinos da cidade.
Ora, para participar dos destinos na cidade o cara tem que ser instruído. Não vá pensando, querido leitor, que eles deixavam qualquer palhaço que mal sabe escrever o nome, tomar parte disso. Por isso mesmo a educação de tornou muito importante para aquele povo.
Essa educação teve dois períodos: período heróico e período helenístico.
No período heróico a educação iniciava-se aos sete anos de idade: se a criança era menina, ia pro gineceu, uma parte da casa destinada aos serviços domésticos. (não se mirem no exemplo das mulheres de Atenas!) Se fosse menino ele saia da barra da saia da mãe e começava a sua alfabetização. Existia naquela época um escravo especial chamado pedagogo (pedos=criança agogós=aquele que conduz). Era esse escravo quem conduzia o pirralho para a palestra, onde praticava exercícios físicos.  Depois o pedagogo levava o moleque para o professor de cítara, pois a música era bastante valorizada como forma de educação.
De início a educação física era a mais prestigiada. Mas conforme o tempo foi passando, os atenienses foram vendo que de nada adiantava ter um monte de saradões desmiolados decidindo os rumos da cidade, por isso, a educação intelectual foi ganhando cada vez mais importância até suplantar a educação física.
Neste ponto ensinava-se a leitura e a escrita. Aprendiam também a calcular com o auxílio do ábaco (um tipo de calculadora da época, que usava bolinhas pra fazer as contas) Essa educação básica durava até aos 13 anos. A partir daí as crianças pobres paravam os estudos para procurar trabalho, enquanto as ricas continuavam, sendo encaminhadas ao ginásio. Inicialmente esse ginásio era o lugar para praticar a educação física, onde os garotos se apresentavam nús (balançando suas minhoquinhas durante os exercícios). Mais tarde, o ginásio passou a ser também o local para estudo de assuntos gerais, como filosofia, astronomia, matemática, entre outros.
Com o desenvolvimento da vida na polis (cidade) aumenta a importância dos sofistas: os professores que ensinavam a arte do bem falar, dado a importância dessa habilidade para saber como convencer na hora dos bate-papos políticos. Os sofistas eram duramente criticados por Sócrates e seu pupilo Platão, pois eles (os sofistas), além de cobrarem pelo que ensinavam, ainda costumavam  ensinar a arte do embromation, ou seja, falar bonito, mas não falar nada com nada, o que deixava Sócrates e Platão putos da vida.
Portanto, a educação em Atenas era essencialmente elitista, onde ao rico era ensinado as ciências e a filosofia. Os pobres tinham coisas mais importantes para fazer, como trabalhar na agricultura, ou outro ofício qualquer.
No período helenístico as Cidades-Estados gregas perdem sua autonomia. A cultura grega se funde com a cultura de outros povos. É nessa época também que surge a enciclopédia, educação geral necessária para a formação do homem culto.
Neste período várias escolas de filosofia se espalham e, da junção de algumas delas, surge a Universidade de Atenas.
Outro lugar que virou point dos nerds de Atenas foi a cidade de Alexandria, fundado na foz do rio Nilo pelo Alexandre, o Grande. Nesta cidade é que foi desenvolvida a física, a teoria geocêntrica, além de ser lá também que ficava a famosa biblioteca, que possuía manuscritos de várias culturas. Infelizmente, tudo isso foi destruído quando os árabes conquistaram a região, no pior caso de bullyng da humanidade.

No próximo texto, não faço a mínima idéia do que vou falar, mas vou pensando em algo...

Até lá, saudações!

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