quinta-feira, 21 de julho de 2011

O Iluminismo e a Revolução

Durante a Idade Média a Europa era marcada pela visão teocêntrica de mundo, onde o homem era visto como um mero instrumento para as vontades divinas. Com a Igreja ditando as regras, o livre pensamento era extremamente limitado e ao homem era negado o direito de pensar por si próprio.
Influenciados pela concepção renascentista iniciada na Europa no período anterior, alguns filósofos (muito loucos) de destaque como John Locke, Jean-Jaques Rousseau e Voltaire começaram a propagar os ideais do movimento que mais tarde ficou conhecido como Iluminismo. Ideais estes que também sofreram muitas influencias de cientistas como Isaac Newton, aliado a descobertas nas áreas da química, física e matemática.
A visão de mundo voltada para o homem, a valorização da razão em detrimento da religiosidade da Idade Média e a idéia dos direitos naturais do homem[1]·, foram alguns dos principais pontos defendidos neste período.
Na França a tensão política tornava-se crescente, na medida em que se intensificava a discórdia entre os adeptos da antiga forma de administração feudal e os filósofos iluministas.
Quando Montesquieu, filósofo iluminista, em seu livro “Do espírito das leis”, defendeu um governo onde o poder Executivo, Legislativo e Judiciário trabalham em harmonia, combatendo assim os governos absolutistas que vigoravam na época, lançou as bases do que seria a Revolução Francesa,( deixando os soberanos putos da vida) anos mais tarde.

A situação da França no século XVIII era caótica. Com crises econômicas, falta de alimentos, a sociedade ainda se organizava ao estilo feudal com a divisão em primeiro estado (nobreza), segundo estado (clero) e terceiro estado (todo o restante da população) e ainda existia um injusto sistema tributário, onde os mais pobres pagavam o luxo dos mais ricos. (e a merda ainda continua hoje em dia.)
Diante desse quadro, um grupo menos favorecido do terceiro estado, mas que possuíam riquezas, os burgueses, inspirados pela filosofia iluminista, mobilizam o povo e iniciam uma série de eventos conhecidos como Revolução Francesa, por meio no qual conseguem tirar os nobres do poder.
Para conseguir a vitória os agentes da revolução conclamaram o povo a se rebelarem contra o sistema que os oprimia, o que culminou com o episódio da Queda da Bastilha em 14 de julho de 1789. Na verdade, o episódio resultou em vantagens apenas para os burgueses, pessoas de grandes riquezas, já que após eles assumirem o poder, aquele mesmo povo continuou sendo explorado, desta vez pelos percussores do capitalismo. ( ou seja, se eles não me roubam, outros me roubam. Todo mundo te fode se tiver oportunidade!)
 No poder, os burgueses iniciam uma série de modificações no país. Porém, devido a uma cadeia de conflitos, uma crise se instaura que só é resolvida quando Napoleão Bonaparte assume.
Bonaparte inicia então, uma série de conquistas pela Europa, subjugando reis e instaurando seu domínio. Foi quando a França iniciou seus conflitos com a Inglaterra, primeiro por meio de um frustrado combate e depois por meio de um embargo comercial, que os fatos começaram a beneficiar o Brasil, no que diz respeito à sua independência.


[1]  Tais direitos são a vida, a liberdade e a propriedade privada

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