sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Golpe X Revolução


Qual a diferença entre Golpe de Estado e Revolução?
Desde que o gênero humano deixou o seu estilo de vida nômade para viver em agrupamentos, se fixando na terra para praticar a agricultura, existiram indivíduos que acumulando recursos, viram a necessidade de uma entidade que promovesse  a ordem e garantisse os privilégios das elites. Nasce então a figura do rei como personificação da autoridade, que todos deviam respeitar para que houvesse harmonia na sociedade.
Com o tempo, percebeu-se que colocar tanta autoridade nas mãos de um único homem, promovia o surgimento de tiranos, muitas vezes indo contra os interesses da própria elite, pois como foi dito por Lord Byron: “O poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente”. Por isso os gregos desenvolveram o conceito da democracia que, naquele momento, protegia os interesses dos mais abastados. Mais tarde os romanos criaram a república, por meio da qual o cidadão (ainda da elite) poderia escolher os representantes que cuidariam dos seus interesses.

O povo, o sujeito simples, o trabalhador em sua labuta diária para alimentar a família, sempre ficou à par desses acontecimentos. Sua existência apenas era lembrada quando uma elite, para retirar outra do poder, usava esse mesmo povo. Aconteceu na Revolução Francesa, aconteceu na Rússia, China, Cuba, Brasil e muitas outras nações. E, obviamente, acontece ainda hoje.

A Revolução seria um ato legal. Um instrumento usado como resistência a uma situação intolerável. Já o golpe é um ato ilegal, como por exemplo, derrubar um governo legalmente constituído.
Por se tratar de um ato ilegal, os golpistas sempre tentarão camuflar seus atos com vestes de revolução. Por outro lado, a revolução sempre será taxada como "golpe", pelos opositores, de forma que sua verdadeira definição se perde no fundo das convicções humanas.

2 comentários:

  1. E os positivistas ainda queria que tivéssemos distanciamento das questões, como bem colocou, a própria definição de um tema tem como "norte" nossas convicções... fazer história, como qualquer outra prática humana, é fazer política.

    ResponderExcluir
  2. "E que os deuses decitam a quem honrar"

    ResponderExcluir