quarta-feira, 13 de julho de 2016

Deus: A expressão máxima do amor


A princípio tentarei definir esta palavra que tantas emoções tem sido capaz de nos despertar sem que, contudo, compreendamos completamente o real sentido daquilo que é proferido pelos lábios.

Chegar a uma resposta objetiva, racional e conclusiva sobre o que seria o amor não é tarefa tão fácil quanto certa porcentagem da população mundial, julgo, poderia supor.

 A filosofia desde seus primeiros esforços em entender a realidade, tem se dedicado à tarefa de compreender o fenômeno e suas múltiplas formas.  Foi assim que os antigos gregos definiram quatro palavras para classificar os tipos de amor, dentre as quais, o termo ágape na filosofia neoplatonista cristã, foi associado ao amor divino, pois o termo define um tipo de amor imparcial, unilateral e transcendente. 

Tanto no cristianismo, como no judaísmo, e em uma versão mais antiga da mitologia grega, o amor está associado ao Criador. O amor incondicional, infinito, unilateral e transcendente, muito mais do que uma característica de Deus, é o nome pelo qual poderíamos chama-lo.  O maior ser que pode ser concebido deve ser a expressão máxima do amor. Ele é tão perfeito, tão completo, que todos os teus atos são expressões do seu amor pela sua criação.  O homem, obra prima de toda a criação, não foi criado com outro objetivo senão por amor ao próprio homem.

Este, penso, é a maior dentre as inúmeras diferenças entre a concepção de Deus apresentado pelo cristianismo e pelo islamismo. Enquanto Jesus ensina que o pai tem um amor incondicional pela humanidade, Alá deixa claro no Alcorão que não ama o pecador, o que dificulta a nossa visão de Alá como o “maior ser que pode ser concebido”.

Diferentemente do que acontece na concepção islâmica de Deus, dentro da visão judaico-cristã, Ele é a definição perfeita do amor, o ágape grego que não hesita em se fazer carne e experimentar o sofrimento por amor aos pecadores. O Deus bíblico, ao contrário de Alá, demonstra ser capaz de manifestar um amor incondicional pela humanidade, provando ser capaz de preencher os requisitos necessários para ser o “maior ser que pode ser concebido”.


Concluindo-se que o Deus bíblico é o único capaz de atender as exigências de um ser que é o “maior que pode ser concebido”, talvez fosse, agora, apropriada uma reflexão de como essa ideia de Deus se desenvolveu. Apropriada, explico, porque existe a necessidade de investigação um pouco mais profunda sobre como as múltiplas concepções da divindade, desde que a humanidade veio à existência.

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