terça-feira, 23 de novembro de 2010

Atenas

A cidade- estado de Atenas teve início na Ática, em uma região montanhosa e pouco fértil. Por isso, agricultura ali nem com reza brava se desenvolvia da maneira adequada, o que forçou seus habitantes a desenvolveram a navegação para poderem comprar o que necessitavam em outros lugares.
No período clássico Atenas já era administrada pelo modelo aristocrático, ou seja, quem tinha sangue nobre era quem mandava na bagaça. Havia o conselho aristocrático, chamado Aerópago, que era o principal órgão estadual. Os caras que ocupavam os principais cargos se chamavam arcontes. Nove deles eram nomeados pelo Aerópago e para tal, eram sempre escolhidos das famílias aristocráticas mais ricas. Existia também uma assembléia de cidadão, mas nessa época ela não apitava muito ali.
A população de Atenas se dividia em três grupos: Havia o grupo mais privilegiado, os eupátridas, que eram os aristocratas que gozavam de plenos poderes políticos, gozavam de plenos direitos civis e gozavam da cara dos grupos menos privilegiados como os do povo, ou demos, que tinham direitos civis, mas quase nenhum direito político. Eram compostos pelos camponeses, comerciantes, marinheiros e muitos outros tipos de trabalhadores. Havia também o grupo dos metecus que como o próprio nome já indica, só tomavam no *, pois não tinham quaisquer direitos. Era formado por pessoas que se dedicavam ao comércio e a manufatura.
Mas quem tomava grandão mesmo era a classe dos escravos, que nem eram considerados seres humanos.
Claro que as camadas menos privilegiadas desta sociedade, os camponeses pobres, não gostavam nada desta história de não terem direitos e isso ocasionava duras lutas políticas pelo direito de possuir terras (MST na antiguidade). Os demos também infernizaram (hehehe, entenderam, demos? Infernizaram?) os eupátridas para conquistar os mesmos direitos políticos que a aristocracia.
Quando a treta estava ficando realmente quente, um cidadão chamado Sólon foi eleito arconte e foi ele quem começou a por ordem nesse galinheiro: Libertou todos os escravos, perdoou as dívidas das pessoas, criou o Aerópago, fez profundas reformas na sociedade ateniense que diminuiu a predominância aristocrática, deu mais poder de decisão para a assembléia dos cidadãos (e descansou no sétimo dia).
Depois dele foi à vez de Clitóres, quer dizer, Clístenes que deu um tiro de misericórdia na predominância da nobreza, fez a distribuição dos lugares públicos e reformulou o serviço militar de acordo com as novas divisões territoriais.
Por diminuir o poder de poucos e dar maior poder a muitos é que esses dois cidadãos, Sólon e Clístenes, são considerados os “pais da democracia”.

Fico por aqui hoje. Próximo texto irei falar sobre a educação ateniense.
Saudações!

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